Por Célia Gascho Cassuli

Sem poder-se afirmar com precisão a quem atribuir o antigo mote “a natureza não dá saltos” (teria sido Gottfried Leibniz, Charles Darwin, Alfred Marshall?), todos cremos, de alguma forma, que é verdadeiro.

Contudo, ao que nos parece, isto pode estar mudando quando falamos em Direito.

Há 42 anos, quando aqui em Jaraguá do Sul estabelecemo-nos como advogados, tudo mantinha-se num compasso normal, matemático, um dia após outro, sem sobressaltos.

Mas os tempos mudaram, e muito rápido. Desde 1980 até agora, podemos afirmar que estamos vivendo em outro mundo, para o qual não basta conhecer as leis.

De uma hora para outra, o Curso de Direito já não nos é suficiente. A formação jurídica está dissociada dos fatos e situações a que são expostos seus profissionais. Para acompanhar a velocidade com que se transmudam as relações sociais, é necessária uma adaptação do operador do Direito que precisa incorporar conhecimentos de outras áreas, a começar pela Economia (hoje falamos em Análise Econômica do Direito). É preciso também ter conhecimentos de informática (hoje os processos são eletrônicos), de contabilidade (a vida gira em torno de números), da sociologia, de ecologia, de administração de empresas e muito mais.

A sociedade precisa dos advogados e juristas, mas o Direito já não é um fim em si mesmo. É preciso que o advogado esteja em sintonia com a tecnologia, com uma sociedade de consumo. Hoje a inteligência artificial é realidade e faz com que se consiga tornar a atividade judicial mais assertiva e previsível.

Aos advogados sempre foi reservado algum protagonismo na política, nos planejamentos públicos e privados, nas relações sociais e humanas. Desse modo precisamos nos conectar com as novas realidades, para as quais a formação multidisciplinar não é apenas útil, mas uma exigência dos novos tempos, pois aqui a natureza humana deu um salto gigantesco.

Queremos continuar na vanguarda, demonstrando competência, credibilidade, comprometimento e apresentando os resultados que esperam de nós os que precisam de uma parceria jurídica.

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